Lançamento do livro "Coisa de Amador" nessa quinta-feira (24)

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Paulo Chagas, Editor de Arte do Diário de Santa Maria lança seu primeiro livro na Athena

Desenhador autodidata, Paulo Chagas é um jornalista que já não cozinha na primeira fervura. Entretanto,“Coisa de Amador” (Barco A Vapor, 64 páginas) é seu primeiro projeto editorial solo. Já fez parcerias com outros autores em livros como A Nós, o Clube dos Descontentes, Alto e Bom Som e Obras Encolhidas 2. O livro será lançado próxima quinta-feira (24), na Athena Livros e Revistas. Logo depois a festa segue no Café Cristal, com apresentação da Jack of Hearts. Confira Pomada elétrica, o Blog do Chagas.

A piada é a seguinte, eu posso dizer que conheço esse tal de Paulo Chagas. Já dividimos algumas coisas ao longo de meia década de amizade. De livros a copos de uísque. Juntos, já plugamos sonhos em doses cavalares e fizemos alguns assaltos ao Banco de Memória da cultura pop. Chagas fica se fazendo de miúdo com esse lance de Coisa de Amador, quando, na verdade, ele é o Peixe Grande da jogada. 

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Uma das boas sacadas do livro é colocar, no mesmo saco de gatos, uma pá de referências empacotadas. Essa leva é um resgate de mais de 15 anos de produção descompromissada que vazou em zines, no blog Pomada Elétrica e por aí. Avançando na obra do homem, o leitor vai deparar com seus personagens que mesclam figuras humanas com coelhos, cães, répteis, ursos, asnos, aves de rapina (ou não) e outros bichanos.

Como não falar do urso de pelúcia que pede um abraço em meio ao caos urbano, dos detetives charlatões que emulam Humprey Bogarts de araque, das mulheres e dos bicho-grilos esmagando insetos com seus All-Stars, das bandas de rock forjadas por figuras ingênuas, como um desenho animado, turbinadas pela malandragem de um Robert Crumb? Quanto ao tema das histórias, tem um lance que tá muito claro pra mim: Paulo Chagas é um jornalista que queria ser guitarrista e virou desenhista.

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Hoje, ele rabisca sons e soma um bocado de bagagem (anti) literária no papel e no PC. E ainda tem o senso de humor do sujeito, que tira onda da própria cara, sem medo. Buenas, colocando a tampa na panela, eu vou dizendo que sempre acreditei em sujeitos que riem de si próprios – e o Chagas é um profissional nesse cortado. Apaguem as luzes que os palhaços já estão no picadeiro, e a roda gigante já começou a girar...

Compre o livro e divirta-se.